... AMANHÃ.

Como o vazio e o nada conseguem ocupar um espaço tão grande ao ponto de não mais incomodar?
O que sinto, ou melhor, o que passei a não mais sentir é um misto de solidão, desilusão e apatia e, por incrível que possa parecer, isso não é bom, nem ruim... É, apenas, NADA!
Meus sonhos se perderam e, ao se perderem, perdi a capacidade de acreditar neles. E, assim, com o olhar perdido no universo que cabe dentro de mim, fico aguardando que algo de bom aconteça.
Hoje ou, quem sabe, amanhã.

(Recife, 14/09/1998)